"Meu
trabalho como diretor é cansativo. É como todo trabalho que se faz por devoção,
alegria. Há fadiga, mas gozo. E além do mais estando a volta com ensaios e
experiências, eu sinto que me vou formando como diretor de cena. Uma formação
difícil e lenta. Estou animado para aproveitar esta experiência e fazer muitas
coisas."
"Que
características essenciais aprecio no novo teatro? " O problema da
novidade do teatro está muito ligado a parte plástica. Metade do espetáculo
depende de ritmo, cores e de cenografia. Creio que não existe teatro novo e nem
teatro velho, mas teatro bom e ruim. No que se refere a forma do espetáculo,
ela depende do diretor de cena, que pode conseguir essa novidade mesmo sem ter
habilidade interpretativa. Cada teatro seguirá sendo teatro andando ao ritmo de
cada época, reconhecendo as emoções, as dores, as lutas e os dramas dessa
época. O teatro tem que recorrer ao drama total da vida atual. Um teatro
passado, velho, nutrido só na fantasia não é teatro. É preciso que apaixone,
como o clássico, receptor de toda fúria de uma época."
"Abracei
o teatro porque sinto uma grande necessidade de me comunicar os outros. Porque
sinto uma grande necessidade da expressão dramática."
LORCA: exposição sobre sua dramaturgia e objetivos profissionais em relação ao teatro, realizada em fevereiro de 1935, em
Madri, para atores após a estréia de YERMA.
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